"Ao deixar de lado o conceito de 'muitos bloqueios para poucos' para 'alguns bloqueios para muitos', a anestesia regional pode evoluir de uma subespecialidade de nicho para um componente essencial do tratamento anestésico disponível a todos.”

--  Turbitt, L.R., Mariano, E.R. and El-Boghdadly, K., 2020. Future directions in regional anaesthesia: not just for the cognoscenti. Anaesthesia, 75(3), pp.293-297. 

Essa é a proposta das sociedades de anestesia regional ao elaborar e elencar os bloqueios de Plano A diante do rápido surgimento de novos bloqueios e da suposta necessidade de aprender a executar todos eles, elevando a complexidade e tornando a anestesia regional uma prática reservada a poucos. Por outro lado, a possibilidade de treinar uma maior quantidade de profissionais em uma menor quantidade de procedimentos que sejam versáteis para diversas situações e cenários clínicos facilita a disseminação e acessibilidade dos paciente a anestesia regional. A medida que o profissional avance no conhecimento anatômico, teórico e prático ele pode partir para planos alternativos caso o Plano A não seja adequado para a situação.

Abaixo estão as recomendações de Plano A e alternativos da RAUK (Regional Anesthesia United Kingdom), que foram resumidas em um folheto em pdf: clique aqui para visualizar o PDF.

Para atingir proficiência nos bloqueios periféricos é necessário desenvolver dois aspectos: o conhecimento sonoanatômico e a habilidade de agulhamento guiado por ultrassom. O primeiro é possível desenvolver fora da sala cirúrgica, o segundo, todavia, necessita de prática regular e contínua, visto que seu treinamento através de simuladores realísticos ainda não são suficientes para adquirir a habilidade necessária. Desta forma, ao restringir o universo de procedimentos é possível atingir maior quantidade de procedimentos realizados, ao invés de pouca prática em um maior número de bloqueios - aumentando assim, a quantidade de pacientes que terão essa opção no leque do anestesista.